quarta-feira, 6 de março de 2013

6ª AULA – A CONSCIÊNCIA



AULA – A CONSCIÊNCIA

A CONQUISTA DA CONSCIÊNCIA

Somos chamados a nos tornar mais plenos. Por desconhecer ou negar, vivemos uma vida muito limitada, conectada a consciência. Não enxergamos a nos mesmos, não vemos a essência de que somos portadores. O caminho que precisamos trilhar é o de tomar consciência das forças de que somos portadores.
MITO – HISTÓRIA DE NARCISO:
·        Pais de Narciso: mãe = ninfa Leríope. Pai = Cefeso (rio caudaloso = deus).
·        Narciso = bebe belíssimo.
·        Leríope com medo do que poderia acontecer ao filho em decorrência de sua beleza consulta vidente chamado Tirésio que lhe esclarece: quando Narciso se conhecesse ele deixaria de existir.
·        Narciso  = ego.
Certo dia por circunstâncias que a vida lhe oferece Narciso mira-se nas águas de uma fonte e ele se espanta e se encanta com a beleza da imagem vista refletida sem se dar conta que é o reflexo da sua própria imagem. 
Passa a nutrir o desejo de se unir aquele ser que viu refletido nas águas (= a si mesmo). Fica a definhar a ponto de transformar-se numa flor de cor amarela.
INTERPRETAÇÃO:
Chamamento de nossa própria consciência. Temos necessidade de verificar que imagem refletimos. Que imagem somos refletida a partir de dentro. Temos que olhar nosso espelho existência para que venhamos a nos conhecer mais profundamente.
Essa é a trajetória do ego enquanto não olharmos de forma mais profunda par dentro de nos mesmos. Então se fica estagnado. Precisamos ampliar cada vez mais o leque da consciência a fim de agregar novas forças e possibilidades no campo da personalidade. Esse é o nosso desafio.

JUNG: “Esclarece Jung que a consciência é relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa relação é percebida como tal pelo ego; as relações que não são percebidas como tal são inconscientes. (Joana de Angelis em O HOMEM INTEGRAL cap. 8)
Tudo o que não é percebido pelos sentidos, pelo discernimento não está no campo da consciência, forma o inconscieante.
À medida que o ego percebe alguns conteúdos, faz assimilações, pode discernir fazer contato com o material psíquico, estabelece a consciência.

































































































































































Precisamos olhar para dentro de nos mesmos. O ego estabelece a relação entre o consciente e o inconsciente.
JUNG ( TIPOS PSICOLÓGICOS, PT.700 )
“A consciência não é idêntica a psique, pois, a psique representa a totalidade dos conteúdos psíquicos, e estes não estão necessariamente em sua totalidade diretamente ligados ao ego, isto é, relacionados com ele de tal modo que assumam a qualidade da consciência.”
É importante agregar cada vez mais conteúdos a nossa consciência. Conteúdos que nos impulsionem para uma vida mais ética. Todo esse material que deixamos viver na consciência recebe influencia do meio exterior. Tudo o que ouvimos, lemos, vemos, etc. passam a fazer parte da consciência. Algumas dessas percepções (a maioria) vão sendo arquivadas no inconsciente.
Quando falamos buscar conhecer a própria imagem, perceber seus conteúdos podemos ter surpresas boas e ruins. Precisamos transformar os ruis, através da estruturação do campo da consciência.
JUNG: “A existência só é real quando é consciente para alguém... a tarefa do homem é conscentizar-se dos conteúdos que pressionem a alma para cima, vindos do inconsciente.”
O objetivo da psique é cada vez mais conscientizar-se do ser que somos. O processo de individuação precisa de esforços diários, de perseverança, pois, são esses esforços que nos impulsionam para as conquistas. Quando o ego recua temos os conflitos. O conflito mostra que algo está em desacordo.
JOANA DE ANGELIS EM TRIUNFO PESSOAL cap.5:
“ A medida que o ego se faz consciente dos valores ínsitos no Self, torna-se factível uma programação saudável para o comportamento, trabalhando cada dificuldade, todo conflito mediante reconciliação com a sua realidade eterna.”
Importância da reconciliação com os adversários, principalmente os do nosso mundo psíquico. Nova atitude no campo do ego, só assim haverá transformação. É a reconciliação com as forças adversas do nosso mundo íntimo.
JOANA DE ANGELIS EM O SER CONSCIENTE cap.2:
“A consciência adquirida – a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amor – faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas...”
Consciência adquirida = maturidade. É a aplicação nos atos, comportamentos, vivencias. Geralmente só agimos com o aparecimento dos conflitos. Quando não cuidamos das forças que fazem parte de nossa essência elas podem se desgovernar quando atingem o campo da consciência e criar efeitos devastadores como doenças físicas, patologias, etc. não como punição, mas para o despertamento (chamamento da consciência ).
JOANA D ANGELIS EM MOMENTOS DE CONSCIENCIA, CAP.8:
“A consciência não é inteligência no sentido mental, mas a capacidade de estabelecer parâmetros, para entender o bem e o mal, optando pelo primeiro e seguindo a diretriz do equilíbrio, das possibilidades latentes, desenvolvendo os recursos atuais em favor de o seu vir-a-ser.”
Ela ressalta que consciência não é inteligência mental.
A inteligência cognitiva não está a serviço da vida. Exemplo: saber que fumar faz mal e continuar fumando. A inteligência cognitiva é a inteligência que não se transforma em sabedoria.
É preciso questionar: onde estão as minhas incompatibilidades? Onde está aquele saber que já posso ter e não me faz agir de forma diferente. Onde eu o coloco? Tudo vai para a sombra. Não mais podemos nos dar ao luxo da ignorância, pois, então seremos acometidos pela culpa que vem como instancia que possibilita o despertar da consciência se tivermos maturidade de lidar com ela assumindo a responsabilidade de modificar o rumo da nossa atitude, discernindo entre o bem e o mal na nossa vida.
Vir-a-ser = futuro existencial. São as possibilidades que não foram exercitadas na consciência. São as possibilidades futuras.
JOANA DE ANGILOIS: “Alguns que pretendem o despertar da consciência, buscam os gurus famosos em cada época a fim de eu eles pensem e ajam sem o esforço pessoal dos que se fazem seus discípulos incorrendo em fugas inoportunas aos labores edificantes da vida atual sempre desafiadora e gigante.”
Cada um tem que ser mestre de si mesmo. Precisamos do esforço pessoal. Precisamos assumir nosso caminho, nossos próprios equívocos com pré-disposição de refazer nosso caminho, despertando nossa essência dentro da jornada da vida que é desafiadora e exigente. A vida nos desafia ao crescimento e despertar da consciência.
JOANA DE ANGELIS EM AUTODESCOBRIMNTO cap. 2:
“Adquirir consciência no seu sentido profundo é despertar para o equacionamento das nossas próprias incógnitas, com o conseqüente compreender das responsabilidades que a si mesmo dizem respeito.”
Precisamos conhecer nosso mundo íntimo, o ser profundo que somos. A busca de nos mesmos. O autoconhecimento.
Então nos questionamos: Como podemos ampliar o campo da nossa consciência? Como transformar o conhecimento em sabedoria?





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