6ª AULA – A CONSCIÊNCIA
A CONQUISTA DA CONSCIÊNCIA
Somos chamados a nos tornar
mais plenos. Por desconhecer ou negar, vivemos uma vida muito limitada,
conectada a consciência. Não enxergamos a nos mesmos, não vemos a essência de
que somos portadores. O caminho que precisamos trilhar é o de tomar consciência
das forças de que somos portadores.
MITO – HISTÓRIA DE NARCISO:
·
Pais de Narciso:
mãe = ninfa Leríope. Pai = Cefeso (rio caudaloso = deus).
·
Narciso = bebe
belíssimo.
·
Leríope com medo
do que poderia acontecer ao filho em decorrência de sua beleza consulta vidente
chamado Tirésio que lhe esclarece: quando Narciso se conhecesse ele deixaria de
existir.
·
Narciso = ego.
Certo dia por circunstâncias
que a vida lhe oferece Narciso mira-se nas águas de uma fonte e ele se espanta
e se encanta com a beleza da imagem vista refletida sem se dar conta que é o
reflexo da sua própria imagem.
Passa a nutrir o desejo de se
unir aquele ser que viu refletido nas águas (= a si mesmo). Fica a definhar a
ponto de transformar-se numa flor de cor amarela.
INTERPRETAÇÃO:
Chamamento de nossa própria
consciência. Temos necessidade de verificar que imagem refletimos. Que imagem
somos refletida a partir de dentro. Temos que olhar nosso espelho existência
para que venhamos a nos conhecer mais profundamente.
Essa é a trajetória do ego
enquanto não olharmos de forma mais profunda par dentro de nos mesmos. Então se
fica estagnado. Precisamos ampliar cada vez mais o leque da consciência a fim
de agregar novas forças e possibilidades no campo da personalidade. Esse é o
nosso desafio.
JUNG: “Esclarece Jung que a
consciência é relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na medida em que essa
relação é percebida como tal pelo ego; as relações que não são percebidas como
tal são inconscientes. (Joana de Angelis em O HOMEM INTEGRAL cap. 8)
Tudo o que não é percebido
pelos sentidos, pelo discernimento não está no campo da consciência, forma o
inconscieante.
À medida que o ego percebe
alguns conteúdos, faz assimilações, pode discernir fazer contato com o material
psíquico, estabelece a consciência.
Precisamos olhar para dentro
de nos mesmos. O ego estabelece a relação entre o consciente e o inconsciente.
JUNG ( TIPOS PSICOLÓGICOS,
PT.700 )
“A consciência não é idêntica
a psique, pois, a psique representa a totalidade dos conteúdos psíquicos, e
estes não estão necessariamente em sua totalidade diretamente ligados ao ego,
isto é, relacionados com ele de tal modo que assumam a qualidade da
consciência.”
É importante agregar cada vez
mais conteúdos a nossa consciência. Conteúdos que nos impulsionem para uma vida
mais ética. Todo esse material que deixamos viver na consciência recebe
influencia do meio exterior. Tudo o que ouvimos, lemos, vemos, etc. passam a
fazer parte da consciência. Algumas dessas percepções (a maioria) vão sendo
arquivadas no inconsciente.
Quando falamos buscar
conhecer a própria imagem, perceber seus conteúdos podemos ter surpresas boas e
ruins. Precisamos transformar os ruis, através da estruturação do campo da
consciência.
JUNG: “A existência só é real
quando é consciente para alguém... a tarefa do homem é conscentizar-se dos
conteúdos que pressionem a alma para cima, vindos do inconsciente.”
O objetivo da psique é cada
vez mais conscientizar-se do ser que somos. O processo de individuação precisa
de esforços diários, de perseverança, pois, são esses esforços que nos impulsionam
para as conquistas. Quando o ego recua temos os conflitos. O conflito mostra
que algo está em desacordo.
JOANA DE ANGELIS EM TRIUNFO
PESSOAL cap.5:
“ A medida que o ego se faz
consciente dos valores ínsitos no Self, torna-se factível uma programação saudável
para o comportamento, trabalhando cada dificuldade, todo conflito mediante
reconciliação com a sua realidade eterna.”
Importância da reconciliação
com os adversários, principalmente os do nosso mundo psíquico. Nova atitude no
campo do ego, só assim haverá transformação. É a reconciliação com as forças
adversas do nosso mundo íntimo.
JOANA DE ANGELIS EM O SER
CONSCIENTE cap.2:
“A consciência adquirida – a
perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amor – faculta
a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões
metafísicas...”
Consciência adquirida =
maturidade. É a aplicação nos atos, comportamentos, vivencias. Geralmente só
agimos com o aparecimento dos conflitos. Quando não cuidamos das forças que
fazem parte de nossa essência elas podem se desgovernar quando atingem o campo
da consciência e criar efeitos devastadores como doenças físicas, patologias,
etc. não como punição, mas para o despertamento (chamamento da consciência ).
JOANA D ANGELIS EM MOMENTOS
DE CONSCIENCIA, CAP.8:
“A consciência não é
inteligência no sentido mental, mas a capacidade de estabelecer parâmetros,
para entender o bem e o mal, optando pelo primeiro e seguindo a diretriz do
equilíbrio, das possibilidades latentes, desenvolvendo os recursos atuais em
favor de o seu vir-a-ser.”
Ela ressalta que consciência
não é inteligência mental.
A inteligência cognitiva não
está a serviço da vida. Exemplo: saber que fumar faz mal e continuar fumando. A
inteligência cognitiva é a inteligência que não se transforma em sabedoria.
É preciso questionar: onde
estão as minhas incompatibilidades? Onde está aquele saber que já posso ter e
não me faz agir de forma diferente. Onde eu o coloco? Tudo vai para a sombra.
Não mais podemos nos dar ao luxo da ignorância, pois, então seremos acometidos
pela culpa que vem como instancia que possibilita o despertar da consciência se
tivermos maturidade de lidar com ela assumindo a responsabilidade de modificar
o rumo da nossa atitude, discernindo entre o bem e o mal na nossa vida.
Vir-a-ser = futuro
existencial. São as possibilidades que não foram exercitadas na consciência.
São as possibilidades futuras.
JOANA DE ANGILOIS: “Alguns
que pretendem o despertar da consciência, buscam os gurus famosos em cada época
a fim de eu eles pensem e ajam sem o esforço pessoal dos que se fazem seus
discípulos incorrendo em fugas inoportunas aos labores edificantes da vida
atual sempre desafiadora e gigante.”
Cada um tem que ser mestre de
si mesmo. Precisamos do esforço pessoal. Precisamos assumir nosso caminho,
nossos próprios equívocos com pré-disposição de refazer nosso caminho,
despertando nossa essência dentro da jornada da vida que é desafiadora e
exigente. A vida nos desafia ao crescimento e despertar da consciência.
JOANA DE ANGELIS EM
AUTODESCOBRIMNTO cap. 2:
“Adquirir consciência no seu
sentido profundo é despertar para o equacionamento das nossas próprias
incógnitas, com o conseqüente compreender das responsabilidades que a si mesmo
dizem respeito.”
Precisamos conhecer nosso
mundo íntimo, o ser profundo que somos. A busca de nos mesmos. O
autoconhecimento.
Então nos questionamos: Como
podemos ampliar o campo da nossa consciência? Como transformar o conhecimento
em sabedoria?
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