CONHECIMENTO
DOS COMPLEXOS
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Complexo: o termo
complexo surgiu entre 1900 e 1901, através de Jung nos seus estudos através dos
testes de associação de palavras.
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Complexo quer
dizer caminho para o inconsciente.
JUNG:
“Os complexos são caminhos que nos permitem chegar ao inconsciente.”
Com
Freud, o caminho para chegar ao inconsciente eram os sonhos.
JUNG
“Os complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de emoções.
Quanto maiores são as emoções e o campo de associação, mais forte é o complexo.
Os complexos contêm o poder impulsionador da vida psíquica.”
O
complexo é composto de emoções, afeto vivido no decorrer da existência.
Ex.:
Relações afetuosas vividas com a mãe, com o pai etc. São guardados
separadamente no inconsciente.
O
arquétipo é a tendência de viver as experiências.
O
complexo em si não é positivo e nem negativo.
Toda
experiência vivida é atraída para o campo de força daquele complexo.
O
processo de individuação, muitas vezes, não acontece em função da nossa vida
estar toda direcionada para o complexo.
JUNG
“Todo mundo tem complexos. Eles são
pontos focais ou nodais da vida psíquica que não devem faltar, pois, de outra
maneira, a atividade psíquica chegaria a uma paralisação total... Eles
tornam-se patológicos apenas quando pensamos não possuí-los, porque é então que
eles nos possuem.”
O
complexo tem vida autônoma. Age independente de nossa vontade. Se não
trabalhamos seus conteúdos eles tomam decisões por nós. Dependendo do seu
conteúdo, sua força, o ego é dominado por ele.
Ex.:
Complexo de abandono: as realizações ou escolhas são direcionadas para o medo
do abandono impedindo o equilíbrio, bem como o processo de individuação.
JUNG
“Os complexos interferem nas intenções de vontade e perturbam a performance
consciente...eles aparecem e desaparecem de acordo com suas próprias leis...
numa palavra, os complexos se comportam como seres independentes.”
Ex.:
Ato falho, o famoso branco: não lembrar o que ia dizer como o nome de alguém,
um recado, etc. O complexo vem à tona e nos perturba no consciente.
Outro
exemplo: No transtorno obsessivo compulsivo, o individuo é invadido por um
pensamento que parece não ser dele, mas
é. Algumas vezes é confundido com obsessão.
JOANNA
DE ÂNGELIS, EM O SER CONSCIENTE, CAP. 5
“Nas
personalidades instáveis, normalmente os complexos psicológicos assumem as
responsabilidades pelas ocorrências problematizantes.”
Toda nossa instabilidade emocional decorre dos
complexos.
Os
mais comuns são os complexos: materno, paterno, de poder, de superioridade ou
de inferioridade.
A
experiência que vivenciamos é que dará a cor do nosso complexo, isto é, se ele
é de inferioridade, superioridade, etc.
Ex.:
Criança que vive num ambiente equilibrado com a mãe. Na escola ambiente
equilibrado com a professora. Se houve excesso de atenção, na adolescência,
isso poderá ser negativo gerando desequilíbrio, insegurança nos relacionamentos
afetivos. Então o complexo materno que era positivo, na adolescência, poderá
ser negativo. Reflete a ausência da presença paterna para que houvesse o
equilíbrio. Como consequência, o indivíduo será aquele que começa tarefas, mas
não as completa, terá personalidade instável, queixosa, etc.
Caso
analisarmos com atenção qual é nossa queixa persistente, descobriremos qual é o
nosso complexo.
JOANNA
DE ÂNGELIS EM VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP. 2
“Nesse
empreendimento de ascensão inevitável, o ser depara-se com as construções do
seu passado nele insculpido, que se exteriorizam a miúde, afligindo-o,
limitando-o.”
Os
complexos ficam no inconsciente pessoal. O núcleo do complexo é um arquétipo
que fica no inconsciente coletivo. Somos herdeiros de nós mesmos.
VERENA
KAST “A DINÂMICA DOS SÍMBOLOS”
“Se
o complexo é tocado, reagimos de modo exageradamente emocional, demonstramos uma
super-reação, porque não reagimos apenas à situação atual, mas sim a todas as
situações semelhantes que tivemos no decorrer da vida.”
Ex.:
Assistir a final de novela e chorar muito. As lágrimas nem sempre dizem
respeito à novela, mas são nossas lágrimas não choradas. O exagero da reação
revela o complexo.
JOANNA
DE ÂNGELIS “ENCONTRO COM A SAÚDE E A PAZ, CAP.3
“Esses
complexos que permaneciam adormecidos assumem o comando da personalidade,
produzindo dificuldade no paciente para conseguir um edificante relacionamento
entre o ego e o Self, a prejuízo dos anelos superiores do pensamento.”
JOANNA
DE ÂNGELIS: VIDA, DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP.7
“Toda
essa energia de que é portador o inconsciente pode ser canalizado para a
edificação de si mesmo, superação dos medos e perturbações, dos fantasmas do
cotidiano, que respondem pela insegurança e pelo desequilíbrio emocional do
indivíduo.”
A
energia psíquica do inconsciente precisa se trabalhada e usada para a
edificação do indivíduo.
Como
podemos trabalhar o complexo?
Precisamos
percebê-lo. Observar como reagimos frente a determinadas situações:
submetemo-nos ou não?
Precisamos
trabalhar a autoestima, nossa capacidade para enfrentar as situações, nos
preparar melhor.
JOANNA
DE ÂNGELIS “VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP.7
“O
GRANDE DESAFIO DA EXISTÊNCIA HUMANA ESTÁ NA CAPACIDADE DE EXPLORAR ESSE MUNDO
DESCONHECIDO, DELE RETIRANDO TODOS OS POTENCIAIS QUE POSSAM PRODUZIR FELICIDADE
E AUTORREALIZAÇÃO.”
Essa
é a proposta de individualização. Precisamos agir, trabalhar conteúdos,
crescer, nos realizar, ampliando a consciência. Mas de que forma? Conhecendo e
enfrentando o complexo.
Ex.:
Medo de falar em público em virtude da crítica, do julgamento, etc.
Como
vencer? Falando
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