segunda-feira, 18 de março de 2013

12ª AULA: RUMO AO INCONSCIENTE

CONHECIMENTO DOS COMPLEXOS

·        Complexo: o termo complexo surgiu entre 1900 e 1901, através de Jung nos seus estudos através dos testes de associação de palavras.
·        Complexo quer dizer caminho para o inconsciente.
JUNG: “Os complexos são caminhos que nos permitem chegar ao inconsciente.”

Com Freud, o caminho para chegar ao inconsciente eram os sonhos.
JUNG “Os complexos são agrupamentos de conteúdos psíquicos carregados de emoções. Quanto maiores são as emoções e o campo de associação, mais forte é o complexo. Os complexos contêm o poder impulsionador da vida psíquica.”
O complexo é composto de emoções, afeto vivido no decorrer da existência.
Ex.: Relações afetuosas vividas com a mãe, com o pai etc. São guardados separadamente no inconsciente.
O arquétipo é a tendência de viver as experiências.
O complexo em si não é positivo e nem negativo.
Toda experiência vivida é atraída para o campo de força daquele complexo.
O processo de individuação, muitas vezes, não acontece em função da nossa vida estar toda direcionada para o complexo.

JUNG  “Todo mundo tem complexos. Eles são pontos focais ou nodais da vida psíquica que não devem faltar, pois, de outra maneira, a atividade psíquica chegaria a uma paralisação total... Eles tornam-se patológicos apenas quando pensamos não possuí-los, porque é então que eles nos possuem.”
O complexo tem vida autônoma. Age independente de nossa vontade. Se não trabalhamos seus conteúdos eles tomam decisões por nós. Dependendo do seu conteúdo, sua força, o ego é dominado por ele.
Ex.: Complexo de abandono: as realizações ou escolhas são direcionadas para o medo do abandono impedindo o equilíbrio, bem como o processo de individuação.
JUNG “Os complexos interferem nas intenções de vontade e perturbam a performance consciente...eles aparecem e desaparecem de acordo com suas próprias leis... numa palavra, os complexos se comportam como seres independentes.”
Ex.: Ato falho, o famoso branco: não lembrar o que ia dizer como o nome de alguém, um recado, etc. O complexo vem à tona e nos perturba no consciente.
Outro exemplo: No transtorno obsessivo compulsivo, o individuo é invadido por um pensamento que  parece não ser dele, mas é. Algumas vezes é confundido com obsessão.

JOANNA DE ÂNGELIS, EM O SER CONSCIENTE, CAP. 5
“Nas personalidades instáveis, normalmente os complexos psicológicos assumem as responsabilidades pelas ocorrências problematizantes.” 
 Toda nossa instabilidade emocional decorre dos complexos.
Os mais comuns são os complexos: materno, paterno, de poder, de superioridade ou de inferioridade.
A experiência que vivenciamos é que dará a cor do nosso complexo, isto é, se ele é de inferioridade, superioridade, etc.
Ex.: Criança que vive num ambiente equilibrado com a mãe. Na escola ambiente equilibrado com a professora. Se houve excesso de atenção, na adolescência, isso poderá ser negativo gerando desequilíbrio, insegurança nos relacionamentos afetivos. Então o complexo materno que era positivo, na adolescência, poderá ser negativo. Reflete a ausência da presença paterna para que houvesse o equilíbrio. Como consequência, o indivíduo será aquele que começa tarefas, mas não as completa, terá personalidade instável, queixosa, etc.
Caso analisarmos com atenção qual é nossa queixa persistente, descobriremos qual é o nosso complexo.

JOANNA DE ÂNGELIS EM VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP. 2
“Nesse empreendimento de ascensão inevitável, o ser depara-se com as construções do seu passado nele insculpido, que se exteriorizam a miúde, afligindo-o, limitando-o.”
Os complexos ficam no inconsciente pessoal. O núcleo do complexo é um arquétipo que fica no inconsciente coletivo. Somos herdeiros de nós mesmos.

VERENA KAST “A DINÂMICA DOS SÍMBOLOS”
“Se o complexo é tocado, reagimos de modo exageradamente emocional, demonstramos uma super-reação, porque não reagimos apenas à situação atual, mas sim a todas as situações semelhantes que tivemos no decorrer da vida.”
Ex.: Assistir a final de novela e chorar muito. As lágrimas nem sempre dizem respeito à novela, mas são nossas lágrimas não choradas. O exagero da reação revela o complexo.



JOANNA DE ÂNGELIS “ENCONTRO COM A SAÚDE E A PAZ, CAP.3
“Esses complexos que permaneciam adormecidos assumem o comando da personalidade, produzindo dificuldade no paciente para conseguir um edificante relacionamento entre o ego e o Self, a prejuízo dos anelos superiores do pensamento.”

JOANNA DE ÂNGELIS: VIDA, DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP.7
“Toda essa energia de que é portador o inconsciente pode ser canalizado para a edificação de si mesmo, superação dos medos e perturbações, dos fantasmas do cotidiano, que respondem pela insegurança e pelo desequilíbrio emocional do indivíduo.”
A energia psíquica do inconsciente precisa se trabalhada e usada para a edificação do indivíduo.
Como podemos trabalhar o complexo?
Precisamos percebê-lo. Observar como reagimos frente a determinadas situações: submetemo-nos ou não?
Precisamos trabalhar a autoestima, nossa capacidade para enfrentar as situações, nos preparar melhor.

JOANNA DE ÂNGELIS “VIDA: DESAFIOS E SOLUÇÕES, CAP.7
“O GRANDE DESAFIO DA EXISTÊNCIA HUMANA ESTÁ NA CAPACIDADE DE EXPLORAR ESSE MUNDO DESCONHECIDO, DELE RETIRANDO TODOS OS POTENCIAIS QUE POSSAM PRODUZIR FELICIDADE E AUTORREALIZAÇÃO.”
Essa é a proposta de individualização. Precisamos agir, trabalhar conteúdos, crescer, nos realizar, ampliando a consciência. Mas de que forma? Conhecendo e enfrentando o complexo.
Ex.: Medo de falar em público em virtude da crítica, do julgamento, etc.
Como vencer? Falando


Nenhum comentário:

Postar um comentário